segunda-feira, 24 de maio de 2010

O tempo não passa de ilusão




É preciso dar um tempo! Parar tudo.
Pensar em quanto do meu tempo tenho dispensado para o que realmente é necessário.
Tempo. “Enquanto uns dizem que o tempo não pára, outros dizem que o tempo não passa de ilusão”, é o que diz uma música que tenho ouvido nos meus caminhos musicados.
Mas me falta tempo e, quase como um paradoxo, às vezes, vejo o tempo parar.
Mal faz quem desperdiça o tempo. Porque o tempo não volta atrás.
Ah, e se isso pudesse acontecer, talvez pudéssemos consertar tanta coisa... Que só com o tempo percebemos que, se tivéssemos feito diferente, hoje, tudo seria de outra forma, talvez a vida tivesse tomado outros caminhos... Mas adianta se arrepender?
O que resta agora é correr contra o tempo.  Recuperar o tempo perdido.
Ai, refletir sobre o tempo nos deixar tão melancólico...
Lembro do tempo que eu pensava em ser tanta coisa... E mudava de idéia com a velocidade de um meteoro.
Naquele tempo, tinha-se tempo para fazer um rascunho do futuro e esquecer tudo que se tinha planejado num segundo e partir para outro projeto.  Tinha-se a vida inteira pela frente. E hoje?
Existe um tempo em que é preciso tomar as decisões certas. Arriscar é muito perigoso!
Mas... De que é feita a vida mesmo?

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Poesia vã


Sei que poderia ser mais criativo e postar aqui coisas minhas e não ficar postando letras, músicas e textos prontos, como fiz nos posts anteriores, atestando assim minha total falta de criatividade, mas estou me sentindo vazio, meio numa seca de palavras, inspiração. Apenas passam por mim pensamentos, imagens de coisas vi, que vivi e uma idéia, algo que está só comigo, no meu íntimo. Pretendo não compartilhar agora. Pois pode ser que eu nem concretize, porém, da última vez que me senti assim, minha vida deu um giro de 180 grausGiro mais 180? Pensando, pensando...

E pra não deixar de ser, aí vai mais uma letra de uma música, que é linda, cantada pela não menos linda também, Roberta Sá e composta pela maravilhosa Tereza Cristina, 'lavoura".

Como no verso da música, "canto pra esquecer a dor da vida".




Lavoura

Composição: Teresa Cristina e Pedro Amorim

Quatro da manhã

Dor no apogeu
A lua já se escondeu
Vestindo o céu de puro breu
E eu mal vejo a minha mão
A rabiscar
Esboço de canção.


Poesia vã
Pobre verso meu
Que brota quando feneceu
A mesma flor que concebeu
Perdido na alucinação
Do amor
Acreditando na ilusão.

Canto pra esquecer a dor da vida
Sei que o destino do amor
É sempre a despedida
A tristeza é um grão
Saudade é o chão onde eu planto
No ventre da solidão
É que nasce o meu canto.


Ouça e baixe aqui

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Peixes, pássaros, pessoas



Peixes são iguais a pássaros
Só que cantam sem ruído
Som que não vai ser ouvido


Voam águias pelas águas
Nadadeiras como asas
Que deslizam entre nuvens


Peixes, pássaros, pessoas
Nos aquários, nas gaiolas,
Pelas salas e sacadas
Afogados no destino
De morrer como decoração das casas


Nós vivemos como peixes
Com a voz que nós calamos
Com essa paz que não achamos


Nós morremos como peixes
Com amor que não vivemos
Satisfeitos? mais ou menos


Todas as iscas que mordemos
Os anzóis atravessados
Nossos gritos abafados

Peixes (Mariana Aydar)