sexta-feira, 16 de outubro de 2009

NOVAmente

Não sou nenhum militante de causa alguma, nem levanto bandeira de nada, não sou simpatizante de nenhum partido político, nem, muito menos, desejo me tornar herói dos “pobres, fracos e oprimidos”.
Falta de posicionamento? Má vontade de se envolver em causas sociais? Não. Apenas não tenho a pretensão de ser um líder revolucionário e na posteridade me tornar símbolo, e ter a imagem do meu rosto estampada nas bandeiras e camisas dos jovens.

Porém, tenho meu posicionamento em debates que levantam questões que se referem ao preconceito. Todas as formas de preconceito, o racial, o relacionado a grupos sociais, classes religiosas, o sobre os fisicamente diferentes, sobre a sexualidade de cada um. Enfim, todas as formas de preconceito.

Nós, seres humanos, indivíduos organizados em comunidade social, nascemos e crescemos sendo moldados pelo nosso meio. Como dizem, “somos o produto do nosso meio”. Sendo assim, tendenciosos ao preconceito com aquilo que é “diferente” de nós.

No entanto, uma causa bastante debatida no Brasil, mas sem nenhuma conclusão efetivamente a favor dos interessados é a homossexualidade. Muito se fala e pouco se faz! E vemos por aí o ódio velado pela hipocrisia dos que dizem que aceitam os gays, e até tentam ser politicamente corretos pra discursarem, “eu adoro os gays, tenho vários amigos que são.” Mas, e se fosse na sua família? Com seu filho? Você o apoiaria? Claro, que muitos, sim. Porém, infelizmente, nem todos são verdadeiros.

A questão é muito abrangente e não adianta ficar aqui só discutindo a demagogia de falsos discursos que dizem sobre essa questão. O importante é despertar para algo que, quer queira, quer não, é um fato presente na nossa sociedade. Que a diversidade sexual existe e, cada vez mais o ódio é praticado contra os que criam coragem de se assumirem e tentam viver a sua vida plenamente, como qualquer individuo.

Abaixo eu postei um vídeo institucional criado pelos alunos da UFRJ, com o apoio do Ministério da Educação, que ilustra bem o que estou tentando dizer, sobre a opressão e o ódio contra os que resolvem viver as suas “diferenças”:



Segundo uma matéria publicada na folha online no dia 21/04/2008, só em 2007, 122 gays foram assassinados no Brasil, vitimas da homofobia. E conforme, o antropólogo e presidente do Grupo Gay da Bahia, Luiz Mott, a cada três dias um homossexual é assassinado no país.

Por sorte, de acordo com a Secretaria Especial de Direitos Humanos, nos últimos anos, o país tem gradualmente mudado esse quadro. E ressaltam a existência de centros de atendimentos às vítimas de homofobia, onde os gays e travestis recebem apoio psicológico e jurídico. Atualmente, segundo a assessoria da SEDH, existem 50 postos em todo o país.

Outra iniciativa é a integração das políticas públicas para homossexuais, com a ajuda dos estados e dos municípios.

Mas ainda assim é pouco! O que falta ainda é uma legislação em busca por meio da criação de normas jurídicas, proteger os interesses juridicamente relevantes a essa causa. Para assim então, criarmos um país mais justo e igualitário.

E você, tem ficado impassível a esse horror e ódio? Pelo menos, tentemos nos informar, conhecer e formar um conceito sobre o assunto. Porque preconceito, como o nome já diz, é apenas uma pré concepção sobre algo.

De modo geral, o ponto de partida do preconceito é uma generalização superficial, chamada estereótipo. Então, pela superficialidade ou pela estereotipia, o preconceito é um erro irracional, sem nenhum argumento fundamentado.

Pense, antes de discrimar alguém! Pois, como diz a descrição desse vídeo acima, a discriminação é “para um, somente uma brincadeira, para outro, uma opressão diária”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário