Não sou nenhum militante de causa alguma, nem levanto bandeira de nada, não sou simpatizante de nenhum partido político, nem, muito menos, desejo me tornar herói dos “pobres, fracos e oprimidos”.
Falta de posicionamento? Má vontade de se envolver em causas sociais? Não. Apenas não tenho a pretensão de ser um líder revolucionário e na posteridade me tornar símbolo, e ter a imagem do meu rosto estampada nas bandeiras e camisas dos jovens.
Porém, tenho meu posicionamento em debates que levantam questões que se referem ao preconceito. Todas as formas de preconceito, o racial, o relacionado a grupos sociais, classes religiosas, o sobre os fisicamente diferentes, sobre a sexualidade de cada um. Enfim, todas as formas de preconceito.
Nós, seres humanos, indivíduos organizados em comunidade social, nascemos e crescemos sendo moldados pelo nosso meio. Como dizem, “somos o produto do nosso meio”. Sendo assim, tendenciosos ao preconceito com aquilo que é “diferente” de nós.
No entanto, uma causa bastante debatida no Brasil, mas sem nenhuma conclusão efetivamente a favor dos interessados é a homossexualidade. Muito se fala e pouco se faz! E vemos por aí o ódio velado pela hipocrisia dos que dizem que aceitam os gays, e até tentam ser politicamente corretos pra discursarem, “eu adoro os gays, tenho vários amigos que são.” Mas, e se fosse na sua família? Com seu filho? Você o apoiaria? Claro, que muitos, sim. Porém, infelizmente, nem todos são verdadeiros.
A questão é muito abrangente e não adianta ficar aqui só discutindo a demagogia de falsos discursos que dizem sobre essa questão. O importante é despertar para algo que, quer queira, quer não, é um fato presente na nossa sociedade. Que a diversidade sexual existe e, cada vez mais o ódio é praticado contra os que criam coragem de se assumirem e tentam viver a sua vida plenamente, como qualquer individuo.
Abaixo eu postei um vídeo institucional criado pelos alunos da UFRJ, com o apoio do Ministério da Educação, que ilustra bem o que estou tentando dizer, sobre a opressão e o ódio contra os que resolvem viver as suas “diferenças”:
Segundo uma matéria publicada na folha online no dia 21/04/2008, só em 2007, 122 gays foram assassinados no Brasil, vitimas da homofobia. E conforme, o antropólogo e presidente do Grupo Gay da Bahia, Luiz Mott, a cada três dias um homossexual é assassinado no país.
Por sorte, de acordo com a Secretaria Especial de Direitos Humanos, nos últimos anos, o país tem gradualmente mudado esse quadro. E ressaltam a existência de centros de atendimentos às vítimas de homofobia, onde os gays e travestis recebem apoio psicológico e jurídico. Atualmente, segundo a assessoria da SEDH, existem 50 postos em todo o país.
Outra iniciativa é a integração das políticas públicas para homossexuais, com a ajuda dos estados e dos municípios.
Mas ainda assim é pouco! O que falta ainda é uma legislação em busca por meio da criação de normas jurídicas, proteger os interesses juridicamente relevantes a essa causa. Para assim então, criarmos um país mais justo e igualitário.
E você, tem ficado impassível a esse horror e ódio? Pelo menos, tentemos nos informar, conhecer e formar um conceito sobre o assunto. Porque preconceito, como o nome já diz, é apenas uma pré concepção sobre algo.
De modo geral, o ponto de partida do preconceito é uma generalização superficial, chamada estereótipo. Então, pela superficialidade ou pela estereotipia, o preconceito é um erro irracional, sem nenhum argumento fundamentado.
Pense, antes de discrimar alguém! Pois, como diz a descrição desse vídeo acima, a discriminação é “para um, somente uma brincadeira, para outro, uma opressão diária”.
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